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Pérolas de Cannes (e não só!) abrilhantam festival de San Sebastian

A Palma de Ouro de Cannes, o Prémio do Júri de Berlim, bem como filmes premiados de Toronto, Annecy ou até programados na próxima Mostra de Veneza, integram a competição que atribui o prémio do público em San Sebastian. Sejamos claros, o SSIFF (San Sebastian International Film Festival) terá não uma, mas duas mãos-cheias de títulos de Cannes, entre os 13 programados na secção Perlak. Algo que se compreende, dado o brilhantismo da edição de 2024. 

Emilia Pérez dá o nome ao filme que abrirá a secção em Donostia e que valeu ao francês Jacques Audiardo Prémio do Júri em Cannes (ele que já vencera a Palma de Ouro, com Dheepan, em 2015). Aqui a história do líder de um cartel mexicano decide mudar de sexo num elenco protagonizado por Zoe Saldaña, Karla Sofía Gascón, Selena Gomez e Adriana Paz, que conquistaram, em conjunto, o Prémio de Melhor Atriz por este filme que conta ainda com Edgar Ramírez. 

Anora, o último filme de Sean Baker, é o mais recente vencedor da mais recente Palma de Ouro, sobre a odisseia de uma jovem trabalhadora do sexo em Brooklyn que se casa com um oligarca russo. Um outro filme muito aplaudido no festival da Côte d’Azur foi Bird, de Andrea Arnold, vencedor do Prémio do Júri, em que a cineasta britânica explora a história de uma adolescente de 12 anos que vive com o pai e o irmão numa ocupação em North Kent; a programação inclui ainda o muito aguardado Megalapolis, de Francis Ford Coppola, relatando uma fábula épica passada numa América imaginária, bem como All We Imagine as Light, da realizadora indiana Payal Kapadia, vencedor do Grande Prémio do Júri, em Cannes, seguindo os passos de uma enfermeira que se dedica ao trabalho para superar memórias dolorosas; o novo do cineasta iraniano Mohammad Rasoulof com The Seed of the Sacred Fig, refletindo sobre a inquietação política em Teerão, mas também o novo trabalho do brasileiro Walter SallesAinda Estou Aqui, um filme que irá participar na secção competitiva do festival de Veneza. Trata-se de um filme sobre um ativista que desaparece durante a ditadura no Brasil. 

O desfile de fitas muito promissoras continua com Oh Canadao novo de Paul Schrader, após a estreia mundial em Cannes, sobre um documentarista que decide revelar toda a sua vida, contando com a participação de Ricard Gere e Uma Thurman. Há que contar ainda com o novo do coreano Hong SangsooA Traveler’s Needsvencedor do Grande Prémio do Júri, na Berlinale, contando com a participação da francesa Isabelle Huppert. E ainda o do italiano Paolo Sorrentino, com Parthenope, um épico feminino estreado em Cannes.

A descobrir ainda, Memoir of a Snail, a animação do australiano Adam Elliot que venceu o festival de Annecy, ilustrando a paixão de um colecionador por caracóis, bem como En fanfare, uma comédia sobre um famoso maestro de orquestra que descobre a existência de um irmão que partilha a sua paixão pela música, na terceira longa-metragem do cineasta francês Emmanuel Courcol. A cineasta francesa Coralie Fargeat trará o vencedor do Prémio de Melhor Argumento em Cannes The Susbstance. Trata-se do seu segundo filme, protagonizado por Demi Moore, Margaret Qualley e Dennis Quaid, centrado num produto que cria uma versão mais jovem, mais bonita e mais perfeita de si mesmo.

Serão ainda exibidos três filmes, embora fora da competição Pérolas. São eles, Marcodos espahóis Jon Garaño Aitor Arregi, sobre um deportado de um campo de concentração que nunca existiu; The Wild Robotuma animação de Chris Sanders, apresentada em Toronto, e ainda Maria Callasuma não-ficção sobre a lendária soprano interpretada por Monica Bellucci.

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