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SSIFF: entre clássicos e retrospetivas difícil é escolher!

Tasio (1984), de Montxo Armendáriz (Imagem SSIFF)

Na 72ª edição do SSIFF, confirmou-se que as secções de cinema de património do cumpriram uma vez mais uma excelente missão do acolhimento de versões restauradas de clássicos – como sempre em colaboração com a Filmoteca Vasca -, bem como as retrospetivas ao abrigo da secção Klasikoak. Aliás, este foi um evento que se prolongou em diversas instituições da região, englobando não só a recção de clássicos restaurados, a retrospetiva dedicada ao género policial italiano, o ‘poliziesco’, intitulado precisamente ‘Itália Violenta’, como se imagina, constituída por filmes policiais violentos.

Na secção clássicos, destaca-se a presença de Tasio, o clássico espanhol de 1984, de Montxo Armendáriz, um restauro da Filmoteca Vasca que abriu a secção, depois já de ter sido exibido, este ano, na secção Cannes Classics no Festival de Cannes, bem como Cinema Ritrovato em Bolonha, em junho passado, além de estar programado também para o Festival Lumière, em Lyon, em outubro. Foi uma bonita comemoração, 40 anos depois de ter sido exibido em San Sebastian. 

Em colaboração com a Filmoteca da Catalunha, exibiu-se Tatuaje, a primeira aventura de Pepe Carvalho, o primeiro filme do cineasta catalão, Bigas Luna, de 1978, baseada no romance homónimo de Manuel Vázquez Montalbán, sobre o famoso detetive Pepe Carvalho, nascido na pena de Vázquez Montalbán, que investiga a morte de um rapaz cujo corpo aparece numa praia de Barcelona com uma frase tatuada no braço: “Nasci para revolucionar o inferno”.

Vimos ainda Surcos, o clássico de José Antonio Nieves Conde, de 1951), aquele que é considerado um digno exemplo na linha do neorealismo e “o primeiro filme espanhol de padrão internacional”, como referiu o historiador José María García Escudero, sobre esta adaptação de Gonzalo Torrente Ballester, na Madrid do final dos anos 40, onde uma família de migrantes rurais se esforça por começar uma nova vida na esperança de subir no mundo.

Além disso, exibiu-se a versão restaurada de O Piano (Jane Campion, 1993), o filme icónico da cineasta neozelandesa, recebeu a Palma de Ouro no Festival de Cannes, por sinal, o primeiro realizado por uma mulher, além de três Óscares (argumento, além das interpretações de Holly Hunter e Anna Paquin.

Faz ainda parte da seleção Sha Fu, do cineasta Tseng Chuang-Hsiang. Trata-se de um clássico do cinema new wave de Taiwan, também a celebrar os seus 40 anos, Tseng Chuang-Hsiang (Guandong, 1947) centra-se na adaptação de romance passado durante a ocupação de Taiwan pelo Japão sobre uma jovem cuja mãe se mata ao ser forçada a casar com um talhante. Pena foi o tempo não permitir seguir os programas na sua integralidade…

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