Não são um, nem dois, nem três, mas quatro as curtas portuguesas na corrida ao Urso de Ouro e Prata no festival de Berlim. João Salaviza, Salomé Lamas, Gabriel Abrantes e Diogo Costa Amarante já estão de malas aviadas para o festival de Berlim no próximo mês à conquista do Urso. Curiosidade: são todos repetentes. Isto depois do anúncio da presença de Teresa Villaverde, a concorrer na Secção Oficial, com Colo.
Portugal adora Berlim, unt Berlin liebe Portugal. Depois de o ano passado diversas produções lusas terem marcado uma forte representação na Berlinale, regista-se uma nova tendência na 67ª edição do Festival de Berlim, que decorre de 9 a 19 de fevereiro.
Entre os 23 candidatos ao Urso de Ouro e Prata estão os novos projetos de curto formato de João Salaviza que regressa a Berlim com Altas Cidades de Ossadas, depois de ali ter ganho o Urso de Ouro com Rafa, em 2012, e após a Palma de Ouro em Cannes, com Arena, em 2009. Salomé Lamas regressa também a Berlim, de resto, esta é a sua terceira participação, com Coup de Grâce, depois de ali ter apresentado o ano passado o documentário Eldorado XXI, que finalmente chega às salas portuguesas. Trata-se das 24 horas insólitas na vida de Leonor e do seu pai Francisco. Já Diogo Costa Amarante leva a Berlim Cidade Pequena, a curta que havia já apresentado no último DocLisboa, sobre a forma como o pequeno Frederico encara a vida e o crescimento. Por fim, Gabriel Abrantes levará desta vez Os Humores Artificiais, algures entre a mitologia de Hollywood e o documental numa encomenda da Bienal de São Paulo.
Na secção paralela Berlinale Talents, mais dedicada a contactos entre cineastas e profissionais de cinema, Luís Campos e Mário Patrocínio levam o projeto A Short Film for te dead, de Daniel Hui, co-produzido por Tan Bee Thiam, Joana Gusmão e Pedro Fernandes Duarte.
A Berlinale abre as portas no próximo dia 9, com Django, um filme sobre o guitarrista Django Reinhardt, na estreia de Etienne Comar.