Ao longo de 10 dias, Viana do Castelo promove um sugestivo encontro com o cinema. Entre secções educativas e competitivas, conferências, muitos filmes, olha ainda para o futuro da Inteligência Artificial. Edgar Pêra será um dos convidados, apresentando Cartas Telepáticas, realizado com I.A.
A partir de hoje, e até 14 de maio, Viana do Castelo transforma-se na capital da cultura audiovisual em Portugal. O ENCONTROS / Festival de Cinema de Viana, sob a coordenação de Carlos Eduardo Viana, marca os seus 25 anos como o festival nacional
mais antigo dedicado à pedagogia e formação cinematográfica. Este evento consolidou-se como um importante fórum de investigação, estreitamente ligado à comunidade educativa e focado na formação de novos públicos apaixonados pelo
cinema.
Entre as principais secções competitivas, destacam-se os Olhares Frontais, com programação do realizador e docente Pedro Sena Nunes. Aqui serão exibidos filmes oriundos de vários territórios cinematográficos, em que a palavra de ordem é a partilha de metodologias pedagógicas por alunos em representação de uma coleção de curtas-metragens. A outra secção competitiva é Primeiro Olhar,
integrando trabalhos de várias escolas de cinema, audiovisual e comunicação que promovem o cinema documental. O certame integra ainda diversas ações paralelas, como a Escola e Cinema, com filmes propostos às escolas, para visionamento em sala
de cinema, além de várias ações de formação.
A programação é composta por uma escolha de longas-metragens, integradas na secção Escola no Cinema, incluindo os filmes Pub The Old Oak (2023), de Ken Loach, Lucky (2017), de John Carroll Lynch, A Sala de Professores (2023), de Ilker Çataki, além de Cartas Telepáticas (2024), de Edgar Pêra, que será convidado dos Olhares Frontais (2024), estando presente em sala para uma conversa no final da sessão. Por fim, O Manuscrito Perdido (2010), de José Barahona, exibido em homenagem ao realizador desaparecido o ano passado.
Nesta edição comemorativa, o festival reforça sua sinergia com a Galiza, evidenciada pelo estatuto de Viana do Castelo como Capital da Cultura do Eixo Atlântico. A celebração deste quarto de século destaca-se pela ampla participação de estudantes de
cinema, alunos de diversas escolas da região, cineclubistas e profissionais do setor audiovisual, todos reunidos para partilhar experiências, refletir e debater sobre o meio cinematográfico.
Os ENCONTROS promovem a literacia cinematográfica em vários espaços culturais da cidade, com um extenso programa que inclui conferências, secções competitivas, prémios, oficinas, workshops e exposições. O festival, organizado pela Associação AO
NORTE e pela Câmara Municipal de Viana do Castelo, já contava com uma impressionante marca de 220 mil participantes e mais de 340 filmes exibidos ao longo de suas edições.
De contar ainda com a inclusão de 38 exposições e a participação de mais de 3 mil alunos nesta edição. Os ENCONTROS levam o Cinema à Escola e a Escola à Sala de Cinema, reforçando o seu papel estratégico na conectividade educativa internacional, com colaborações de mais de 35 instituições de ensino de várias partes do mundo, incluindo a Norwegian Film School, que trará uma aluna para compartilhar metodologias inovadoras. O festival permanece comprometido com a formação de jovens cineastas e a promoção do trabalho criativo sobre a imagem, assegurando que a sétima arte continua a inspirar e educar novas gerações.
O programa é intenso, mas deixamos aqui algumas das pistas:
destaque para a Conferência Internacional de Cinema (de 7 a 9 de maio), com diversos temas; o Fórum Cinema e Escola – práticas pedagógicas em Portugal e na Galiza (dia 9); o 2º Encontro de Antropologia, Cinema e Educação (dia 9); encontro Luso-Galaico de
Cineclubes (com o tema Cinema e Inteligência Artificial), além de diversos filmes, sobre a temática da escola no cinema, entre muitas outras iniciativas.
(texto escrito a partir do press release divulgado pelo festival)
