A curta de Gabriel Abrantes Os Humores Artificiais, a concorrer para o Urso de Ouro na categoria de curtas metragens, foi o filme selecionado pelo júri das curtas metragens para integrar a nomeação para os Prémios do Cinema Europeu.
Trata-se de um filme delicioso sobre as desventuras amorosas de um robozinho e a sua paixão declarada por um jovem filha de um chefe da tribo Xingu, na Amazónia. Uma surpreendente aventura visual com uma engraçada piscadela de olhos no terreno da ficção cientifica. Pelo caminho explora de uma forma quase didáctica os caminhos da narrativa e do humor dando vida à personagem Andy Coughman, o tal robozinho, uma máquina de contar anedotas para o público brasileiro.
O filme fez parte da 32ª Bienal de São Paulo, e mistura de uma forma sedutora a narrativa tipicamente hollywoodiana (vemos aqui Spielberg e até Kubrick, versão 2001, Odisseia no Espaço), demonstrando uma capacidade já bem desenvolvida para explorar e mesclar géneros e estilos.
Os Humores Artificiais foi rodado no Mato Grosso (Canarana e nas aldeias Yawalapiti e Kamayura dentro do Parque Indígena do Xingu) e em São Paulo.