Terça-feira, Outubro 8, 2024
InícioCríticasO Meu Belo Sol Interior: o brilho de Juliette Binoche

O Meu Belo Sol Interior: o brilho de Juliette Binoche

O Meu Belo Sol Interior acompanha as desventuras amorosas de Isabelle (Juliette Binoche), uma artista plástica de 50 anos, mãe divorciada, que procura incessantemente o amor verdadeiro.

Este é o mais recente filme da realizadora francesa Claire Denis, autora de Chocolate, 35 Shots de Rum ou Beau Travail, vagamente inspirado no ensaio Fragmentos de um discurso amoroso, escrito em 1977 por Roland Barthes.

Deslumbrante e vulnerável, Binoche transmite brilhantemente a ternura e a angústia de uma mulher que apesar das inúmeras relações afectivas frustradas não perde uma esperança quase jovial e inocente da concretização do amor.

A realizadora aborda este tema de forma perspicaz, registando um mundo de encontros dominado pelo sexo e pela incapacidade do desenvolvimento de relações mais estáveis. Um cenário de laços superficiais e momentâneos que dão lugar a um mundo de incomunicabilidade e completa solidão.

O elenco conta com Xavier Beauvois, Philippe Katerine, Josiane Balasko, Valeria Bruni Tedeschi e com uma participação fugaz, mas carismática, de Gérard Depardieu, nos últimos minutos do filme, assumindo o papel de um inesperado bom conselheiro em temas românticos.

Um filme, que sem ser deslumbrante, vale muito a pena ver, fundamentalmente pelo trabalho maravilhoso de Juliette Binoche.

RELATED ARTICLES

Mais populares