Neste sábado, ao vencer o Prémio FIPRESCI, da Federação Internacional de Críticos de Cinema, com o filme A Fábrica de Nada, o realizador Pedro Pinho fez uma declaração acerca do cinema português.
“O cinema português precisa de estímulo e de apoio porque tem uma imensa vitalidade” ele afirma. Além disso, para Pedro Pinho, a sua vitória em Cannes é uma boa notícia para Portugal, “um país tão pequeno, e que com tão poucas produções cinematográficas”, pois ganhará mais visibilidade com esta premiação.
Convém lembrar que o cinema português está sob forte ameaça graças à lei do Cinema, da Secção Especializada do Cinema e do Audiovisual (SECA). A SECA sempre nomeou os júris que, no Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA), escolhem quais projectos cinematográficos são merecedores de apoios financeiros. Este é justamente o problema, uma vez que esta escolha pode ser influenciada por interesses económicos.
Segundo Pedro Pinho, o filme A Fábrica de Nada é “uma reflexão sobre o que Portugal tem passado nos últimos 5 ou 6 anos”. É “um filme eminentemente político”.
O Festival de Cannes encerra-se amanhã, com a entrega dos prémios oficiais.