Sábado, Novembro 2, 2024
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Almodóvar ao receber o Prémio Donostia: “a minha vida não faria sentido sem o cinema”

Um dia depois de completar 75 anos, cineasta espanhol Pedro Almodóvar recebeu o Prémio Donostia na 72ª edição do Festival de San Sebastian (20 a 28 de setembro). Depois de Victor Erice no ano passado, é a vez de Almodóvar, escassos dias depois de receber o Leão de Ouro, em Veneza, pelo seu último filme, The Room Next Door. A atriz britânica Tilda Swinton, protagonista nesse filme, entregou-lhe o galardão referindo que os filmes de Almodóvar “oferecem-nos conforto humano e familiar e uma iluminação interminável”. 

Este foi também um regresso ao Auditório Kursaal, onde 44 anos antes teve a sua estreia, na secção Novos Cineastas, com o seu filme de estreia, Pepi, Luci, Bom y otras chicas del montón (1980). Passaria depois, ao longos dos anos várias vezes, desde logo, na Selecção Oficial com Labirinto de Paixões (1982), ou A Flor do Meu Segredo (1995), fora de competição, entre outras presenças, mas também Carne trémula (1998); Tudo sobre a mnha Mãe (1999), vencedor do FIPRESCI Grand Prix em San Sebastian; Fala com Ela (2002), A Má Educação (2004), Volver (2006), igualmente vencedor do FIPRESCI Grand Prix em San Sebastián. A Lista continua com Los abrazos rotos (2009), Los amantes pasajeros (2013), Julieta (2016) e Dolor y gloria (2019), entre outros…

Emocionado pelo prémio, o cineasta declarou que foi o cinema que lhe deu rumo à sua vida e salvou-o de todo o tipo de perigos. “A minha vocação foi e continua a ser mais forte do que eu próprio e de tudo o que me rodeia”, afirmou, antes de acrescentar: “Mais do que nunca o cinema é a minha vida e a minha vida não teria sentido sem o cinema”, pois na sua opinião, “a vida, tanto na ficção como na realidade, é complicada e acarreta inúmeros perigos; mas sem liberdade a vida não vale a pena ser vivida”. Pois não.

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