Meia irmã de Anne Frank imortaliza memórias em holograma interativo captado por 116 câmaras e com capacidade de dialogar na primeira pessoa com gerações futuras
116 cameras é um dos principais destaques entre os dez nomeados a melhor curta-metragem documentário dos Óscares 2018.
O filme segue a Eva Schloss, uma sobrevivente do Holocausto e meia-irmã de Anne Frank, durante a realização de um ambicioso projecto: preservar a sua história como um holograma interactivo que terá a capacidade de dialogar na primeira pessoa com as gerações futuras.
O “New Dimensions in Testimony” da Fundação Shoah da Universidade da Califórnia do Sul, nos EUA, grava os testemunhos a três dimensões, recorrendo a um plateu com fundo em chroma key e rodeado de 116 câmaras. A utilização das novas tecnologias na preservação da memória do Holocausto despertou a curiosidade da realizadora e produtora, Davina Pardo.
“Eu queria saber mais. Como se sentiam os sobreviventes em relação a esta nova tecnologia? Poderia realmente manter-se esta interacção? E o que seria estabelecer um diálogo com uma sobrevivente digital?” revela a realizadora.
O filme está disponível para visualização on-line na página Op-Docs do New York Times.